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8/4/2013
 “Tá doido? Se eu mexer neste negócio aí, é capaz até de quebrar o computador”, disse, depois do almoço, Maria Cerqueira, participante da ocupação do Movimento dos Sem Teto em Santo André, no início da segunda parte da aula do último domingo, 7 de abril, em Taboão da Serra. Estava preocupada com o desafio lançado pelos professores da Unirr: ser incluída no uso das tecnologias.
O objetivo do trabalho da professora Vanda Regina Albuquerque, no turno da tarde, era treinar os estudantes para a operação adequada do gravador portátil, do editor de áudio no computador e dos procedimentos para montagem de programas radiofônicos com uso da tecnologia.
No dia 3 de março, Vanda já havia iniciado o treinamento, ao mostrar para todos a operação do editor de áudio. Agora, a missão era fazer com que a própria turma mexesse nos equipamentos, da experiência de ligar e testar o gravador ao momento da edição dos conteúdos. A unirriana dividiu a turma em pequenos grupos, para que todos pudessem praticar os ensinamentos.
Cindo minutos depois de começar a experimentar o uso dos equipamentos, com orientação de Vanda, Maria ficou surpresa com os resultados: “Estou aprendendo a editar esse negocio!”, afirmou com entusiasmo. Não foi diferente com os demais.
“Essa aula de Vanda foi fundamental para o grupo perder o medo de mexer com tecnologia. Ficou provado, pelos ensinamentos de Vanda, que gravar nas ruas e, posteriormente, editar o áudio não são bichos de sete cabeças”, comentou Jussara Basso, colaboradora do MTST e uma das interlocutoras da coordenação do grupo na relação com a Unirr.
De manhã, quem deu aula foi o diretor executivo da Unirr, Marcus Aurélio de Carvalho. Os estudantes fizeram uma análise do programa de radio-teatro produzido na aula anterior, a de 17 de março.
Marcus fez também uma revisão geral da aula de técnicas de entrevista, dada no primeiro domingo do curso: 16 de dezembro de 2012.
A aula de 7 de abril foi a sétima do curso livre e inclusivo Comunicador Integral para militantes do Movimento dos Sem Teto das ocupações de Taboão da Serra, Santo André, M’Boi Mirim, Embu das Artes e Osasco.
Os encontros acontecem quinzenalmente, com oito horas de aula por domingo, em Taboão de Serra.
O curso é resultado do projeto ‘Rádio por uma cidade justa’, da Unirr, escolhido pelo Fundo Brasil de Direitos Humanos, no ano passado, em processo de seleção no qual foram vitoriosos 13 projetos sociais de diferentes organizações, entre as 258 instituições que se candidatam para receber o apoio do Fundo Brasil.
No final de maio, acontecerá a décima e última aula do projeto. Em junho, será realizada uma palestra com convidado especial na festa de encerramento do curso.
Descrição da foto, para leitores com deficiência visual: em pé, da esquerda para a direita, os participantes Silvana, Araketo, Gilson, Valdenor e a professora Vanda Regina Albuquerque. Sentado, Agripino. Na mesa, computador e gravador portátil. Atrás dos participantes, o novo banner do projeto e a lousa com as orientações de Vanda.
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