Diretor da Unirr é palestrante no primeiro debate sobre rádio na história do Congresso da Abraji |
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16/7/2012
Uma das marcas do 7º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, realizado em São Paulo, de 12 a 14 de julho de 2012, foi o painel sobre rádio. Pela primeira vez na história do evento, que é promovido pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo, o assunto foi debatido por profissionais da área, para um público formado por jornalistas, radialistas e estudantes de comunicação. André Russo, da Rádio Bandeirantes, e Marcus Aurélio de Carvalho, diretor executivo da Unirr, foram os palestrantes. A mediadora foi Ana Luisa Zaniboni, da OBORÉ. Mais de 130 palestrantes estiveram distribuídos, nos três dias, nas diferentes salas de conferência do congresso da Abraji. Alguns dos principais nomes do jornalismo brasileiro e estrangeiro estavam entre os conferencistas. Em sua pelestra, 'radiojornalismo investigativo: um grito parado no ar', Marcus Aurélio tratou do que chama de 'Jito' - jornalismo investigativo de torcida organizada. Marcus mostrou como, em muitos meios de comunicação, o repórter sai para a rua, para apurar a notícia, já com uma matéria pensada e não com uma pauta em aberto para pesquisar. No que se refere ao rádio, parte da responsabilidade, segundo o diretor da Unirr, é da política de concessões de frequências no país nos últimos 40 anos. Marcus apresentou estatísticas que comprovam que o caráter complementar dos meios de comunicação privados, estatais e públicos - previsto no artigo 223 da constituição - não é cumprido no país. Mais de 60% das frequências, especialmente nas cidades médias e pequenas, estão com políticos que nem radiodifusores são, complementa. Esse cenário faz aumentar a postura típica do 'Jito', pois há rádios nas mãos de famílias de parlamentares em que só um lado é ouvido: o do partido do dono da emissora. Outro problema apresentado pelo palestrante é a baixa qualidade da maioria dos cursos de jornalismo no país. Segundo Marcus, a maioria das faculdades de comunicação não forma profissionais pensantes e questionadores. Não forma "gente capaz de não aceitar a linha editorial proposta como verdade absoluta".
Mesmo com esse cenário preocupante, Marcus se diz otimista. O diretor da Unirr acredita que a parceria entre rádio e internet aumentará, cada vez mais, a participação de diferentes ideias e diferentes forças políticas nos meios de comunciação. Veja, no link abaixo, a matéria resumida que foi publicada no site oficial do evento, que destaca o pioneirismo da palestra sobre rádio, com a participação da Unirr. |
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