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A regra é clara, Arnaldo: O rádio vive! As empresas, nem tanto.

 
22/10/2012

Crônica de Marcus Aurélio de Carvalho, publicada no Facebook, na segunda-feira, 22 de outubro, repercutiu nas redes sociais, gerando debates sobre o futuro do rádio na relação com a internet.

Veja, abaixo, o texto da crônica.

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A regra é clara, Arnaldo: O rádio vive!

 

* Por Marcus Aurélio de Carvalho

 

 

"No rádio, o meio não é a mensagem, pois a mensagem é que faz o rádio", Arnaldo Bloch.

O artigo do jornalista Arnaldo Bloch sobre o rádio, publicado recentemente no jornal O Globo, é uma aula para aqueles que, há mais de dez anos, difundem textos e apresentações pomposas em Power Point, nas reuniões dos setores de marketing das emissoras, com avaliações sobre a suposta necessidade de se fazer (pasmem!) algo que "já não é exatamente rádio, pois o rádio como conhecemos morrerá, ...é outra coisa, devido à convergência de mídia,...". Decretam o suicídio da identidade radiofônica como se a convergência fosse, em si, um veneno sem antídoto para a comunicação com linguagem predominantemente em áudio. Não notam que podemos e devemos agregar imagem e texto no site da emissora, mas que o áudio é a linha de força principal nesse meio. 


O rádio é o som da imagem infinita. Podemos e devemos recordar a frase do saudoso professor Walter Alves, um dos educadores brasileiros mais respeitados na América Latina e na Holanda, por seu trabalha de capacitação, por mais de 25 anos, no RNTC - Radio Netherlands Training Centre, e na CIESPAL, em Quito, Equador: "rádio é a maior tela do mundo". 

A análise de Arnaldo Bloch é também uma aula para figaras conceituadas da revistas e sites especializados em mercado da comunicação - M&M, Blue Bus, P&M entre outros - que insistem em mostrar gráficos que 'provariam' que o rádio perde espaço para a Internet, numa conta que não bate, como eu disse, na metade de julho, em minha palestra no congresso da Abraji - Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo. Se mais de 40% dos brasileiros ouvem algum tipo de rádio na web (musical, jornalística, de variedades ou web rádio) enquanto digitam no computador, não é a 'Internet' que está sendo ouvida. Internet é portal de meios, é porta de entrada para todos. Não é o meio. O que está sendo ouvido é rádio, não importa por qual plataforma: celular, PC, notebook, etc. 

Os apocalípticos vão errar, mais uma vez, como erraram nos anos 1950. O que está ameaçado não é o meio rádio. Desafiados pela - agora sim, livre concorrência - estão os veículos do rádio: as empresas que sempre tiveram a molezinha de poucos concorrentes (ou players, como o povo do mkt gosta de dizer) em cada cidade ou região e agora concorrem até com a rádio de Seu José da padaria. Pulverizar players não ameaça o meio rádio, ao contrário, o fortalece. No Brasil, por motivos históricos que posso tratar em outro momento, se confunde empresa de comunicação com meio de comunicação. Empresa é o subconjunto do meio.

Antes, não havia concorrência de verdade. Poucos tinham o direito de transmitir e de investir no negócio rádio. Barato para a recepção, o rádio sempre foi o mais inclusivo dos meios. Agora, incomoda porque confirma ser também o mais inclusivo para se transmitir. Com o construtivo e vitorioso namoro entre Internet e rádio, todos somos, potencialmente, emissoras.

Viva o protagonismo plural nas ondas do rádio.

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*Marcus Aurélio de Carvalho é fundador e diretor executivo da Unirr - União e Inclusão em Redes e Rádio -www.facebook.com/unirrong e www.unirr.org.br , criada em 1995. Foi gerente nacional de programação e apresentador da Rádio Globo SP e rede. Atuou como âncora da rede CBN e repórter e apresentador da Rádio Tupi RJ. Foi, de 2000 e 2002, vice-presidente para a América Latina e Caribe da Associação Mundial de Rádios Comunitárias. É professor de organização e produção em rádio no curso de rádio e TV da FAAP, em São Paulo.

 

 

 
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