Unirr dá palestra para gestores de comunicação do estado de São Paulo |
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20/9/2012
“Nas empresas e no poder público, é fundamental haver uma mudança de atitude. É preciso trocar a prática da cota pela cota por uma política permanente de ‘cota dos bem cotados’. As instituições que adotam essa mudança de postura promovem, finalmente, um passo decisivo na atitude que inclui”. Desta forma, o diretor executivo da Unirr, Marcus Aurélio de Carvalho, palestrante, encerrou o evento ‘Encontro de Gestores Públicos de Comunicação do Estado de São Paulo - por uma comunicação acessível e inclusiva’. O encontro foi realizado nesta quinta-feira, 20 de setembro de 2012, no Memorial da Inclusão, na Barra Funda, na capital paulista. A ‘Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência‘, organizadora do evento, convocou mais de 100 representantes dos setores de comunicação social e assessorias de imprensa das diferentes secretarias do estado para as quatro palestras sobre o tema. Na abertura do evento, a secretária estadual dos direitos da pessoa com deficiência, Linamara Rizzo Batisttella, destacou a importância de os jornalistas e demais funcionários das secretarias de governo abordarem de forma adequada o vocabulário relacionado com a luta pela inclusão social. A segunda palestrante foi Maria Isabel da Silva, gestora de comunicação institucional da secretaria, que mostrou porque expressões como ‘portador de deficiência’, ‘pessoa especial’, etc são consideradas inadequadas atualmente. Em seguida, falou o jornalista Luiz Carlos Lopes, coordenador de programas e projetos da secretaria, sobre a história dos recursos legais disponíveis para a defesa dos direitos da pessoa com deficiência. O quarto palestrante foi Marcus Aurélio de Carvalho, da Unirr. Além de abordar o tema sociedade inclusiva, Marcus destacou o que deve mudar nas redações das empresas jornalísticas, nas áreas de produção das emissoras e nas empresas públicas para que se consolide uma verdadeira prática inclusiva na relação com os jornalistas e radialistas com deficiência no mundo do trabalho. “Não adianta uma empresa se dizer responsável socialmente se adota a prática de contratar pessoas com deficiência somente para cumprir a lei das cotas. Isso não é inclusão. É só cota pela cota”, explicou o dirigente da Unirr. Em sua palestra, Marcus apresentou o vídeo, de cinco minutos de duração, com a reportagem produzida pelos estudantes da turma de sábado do curso livre e inclusivo Comunicador Integral da Unirr. No vídeo, os gestores públicos de comunicação do estado e outros participantes do evento desta quinta-feira puderam acompanhar o trabalho do professor de edição em vídeo da Unirr, Ricardo Gouveia, e dos estudantes do curso Comunicador Integral no qual os alunos cegos foram repórteres e responsáveis pela câmera e os alunos sem deficiência visual foram produtores e editores. O objetivo do vídeo é, entre outras coisas, mostrar o preconceito no tratamento dado às pessoas com deficiência em muitas das redações de jornalismo de diferentes empresas, de modo especial na televisão, na qual elas trabalham, na maioria das vezes, nos bastidores e os sem deficiência aparecem nas telas. Segundo Marcus, “fazer o vídeo com a equipe escalada na forma oposta à costumeira é tratar desigualmente os desiguais para promover reflexão e busca da igualdade de direitos. É quebrar paradigmas”. Um começo de ruptura. Um passo para o que diz o slogan da Unirr: ‘atitude que inclui’.
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