30/4/2014
Sob influência da percepção gerada por alguns programas policiais sensacionalistas da televisão brasileira, transmitidos para parte da África, jornalistas da província de Lunda-Norte, Angola, levaram um susto na madrugada da quarta-feira, 23 de abril.
Hospedados no Flamengo, No Rio de Janeiro, para o curso intensivo de atualização em rádio, TV, jornal e Internet, promovido pela Unirr (União e Inclusão em Redes e Rádio), três dos cinco jornalistas acordaram, às 5 horas da manhã, pensando que a cidade havia entrado em guerra. Eram, na verdade, apenas os fogos de artifício da festa de São Jorge.
“O som tirou meu sono, pois não temos guerra civil em Angola há 12 anos... Perdemos o costume de ouvir tantas explosões. Parecia um conflito armado!’, disse Carlos Freitas, chefe de redação da TPA, televisão pública em Lunda-Norte.
“De tanto ver, em Angola, programas sobre violência no Brasil, fiquei muito preocupada e só me tranquilizei quando consegui falar com o recepcionista do hotel e ele me explicou do que se tratava”, contou Rita Filomena Mununga, locutora e repórter da RNA, Rádio Nacional de Angola.
Depois do susto, a sob as bençãos do santo guerreiro, os cinco angolanos passaram manhã e tarde no NPC - Núcleo Piratininga de Comunicação - onde tiveram aulas, nos dois turnos, com o jornalista Arthur William, conselheiro e professor da equipe Unirr.
Das 9h às 12h, ex-representante no Brasil da Associação Mundial de Rádios Comunitárias (Amarc) mostrou diferentes usos das redes sociais para facilitar a comunicação com o público, a divulgação de reportagens produzidas por eles nos meios oficiais e a interações com ouvintes, leitores e tele-expectadores.
Depois do almoço, recursos técnicos e procedimentos para transmissão de imagem ao vivo e gravação simultânea em coberturas externas, com uso de equipamentos simples e portáteis, na convergência entre celular e Internet.
Em pleno feriado de São Jorge, muito trabalho útil para os 'guerreiros' (no melhor sentido) por uma comunicação que promova qualidade de vida.
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Descrição da foto: na redação da Núcleo Piratinga de Comunicação, NPC, Arthur William explica com que recursos e de que forma podem ser viabilizadas transmissões de vídeo ao vivo. No sentido horário, Rita Filomena Mununga, Isidoro Samutula, Carlos Freitas, Arthur William, João Paulo e Correia Mujanga Correia.
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