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24/12/2013
Por Marcus Aurélio de Carvalho*
Neste natal, a mensagem da Unirr vem com a menina Claire, da Flórida, e a reportagem (quatro minutos e meio de duração) apresentada no programa Fantástico com depoimentos dela, dos pais, da professora de música e da professora do jardim de infância.
A imprensa brasileira segue cometendo erros ao abordar temas ligados à inclusão social. Por exemplo: não é 'linguagem de sinais', mesmo que uma das entrevistadas tenha utilizado essa expressão. É 'língua de sinais'. É um idioma, ou seja, um dos elementos que compõe linguagem.
Mas, independentemente de erros e acertos, vale destacar a relevância da pauta e o talento e a sensibilidade de Claire. E ainda há que defenda uma educação segregada.
Claire, sem deficiência, achou a solução para incluir os pais dela no evento. As crianças sem deficiência, na maioria das vezes, encontram soluções para incluir também seus coleguinhas com deficiência no cotidiano da escola. Só não percebem isso alguns pais medrosos e entidades de educação especial oportunistas que se aproveitam desses medos para dar uma sobrevida ao atrasado modelo segregador.
Como costuma dizer o nadador medalhista paralímpico André Brasil: "pais, libertem seus filhos com deficiência". Meninos e meninas como Claire estarão esperando por eles no ensino regular.
"Mas... e as crianças hostis? Não vão hostilizar meu filho", você poderia perguntar. As hostis praticarão hostilidades com quaisquer crianças, não somente com as suas. E viver com aliados e adversários é parte fundamental do aprendizado para viver em sociedade. O simulacro dessas situações da vida real é uma das principais missões do ambiente escolar.
A Unirr acredita que todos podem participar da festa da vida sem segregações. Claire também acredita.
Feliz natal pra todos e todos! Inclusive você!
Unirr: atitude que inclui!
Veja a reportagem no link:
http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2013/12/ajudou-gente-diz-mae-de-menina-que-fez-sinais-em-apresentacao.html
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*Marcus Aurélio de Carvalho é pessoa com baixa visão: dez por cento no olho esquerdo e cego no direito. É jornalista, professor e radialista. Dá aulas e palestras no Brasil e exterior sobre história do rádio, produção, reportagem, planejamento de programação radiofônica e inclusão da pessoa com deficiência no mercado de trabalho. É coordenador e professor na Unirr - União e Inclusão em Redes e Rádio - ONG com sede no Rio de Janeiro e São Paulo da qual foi fundador, em 1995. É professor de organização e produção em rádio na Faculdade de Comunicação da FAAP - Fundação Armando Álvares Penteado - em São Paulo. Foi gerente executivo e apresentador da Rádio Globo de São Paulo (2007 a 2012); âncora (1996 a 2002) e coordenador nacional de esportes (2000 a 2002) da Rede CBN; repórter e apresentador da Rádio Tupi do Rio de Janeiro (1984 a 1996).
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